A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA NAS POLÍTICAS DE BEM ESTAR SOCIAL IMPLANTADAS NO CONGO BELGA

Felipe Antonio Honorato
Universidade de São Paulo

Resumen

Após assumir, em 1908, a administração do Congo Belga, que, até então, era um território particular de Leopoldo II, rei belga, e se chamava Estado Livre do Congo, o Estado Belga promoveu uma série de mudanças na colônia, a fim de desvincular a imagem de seu mandato do legado deixado pelo mandato anterior, que causou comoção mundial por razão das denúncias de violência exacerbada cometida contra os nativos. Dentre essas mudanças estava a implementação de políticas de bem-estar social no Congo Belga, que tornou a colônia belga o mais amplo Estado de bem-estar social em África naquele tempo – primeira metade do século XX. Tais políticas de bem estar social, no entanto, contrastavam com o cotidiano marcado por um severo racismo e a falta de direitos mínimos aos nativos – como liberdade de imprensa e participação política, por exemplo – existente na colônia. Este trabalho tem por objetivo, através de uma revisão bibliográfica, investigar o grau de participação da Igreja Católica na aplicação destas políticas de bem-estar social no então Congo Belga (atual República Democrática do Congo), colaborando assim com o sistema colonial belga aplicado no país da África central.

Palabras claves: Congo Belga, colonialismo belga, políticas de bem-estar social, Igreja Católica.